Em tempo de identidade de gênero, lutas contra LGBTSfobias, medidas voltadas a estudos e entendimentos da sexualidade e gênero, a cidade de Nova Fátima localizada no sertão baiano a cerca de 220 km de Salvador, vai na contramão da atualidade de encontro ao retrocesso.
Vereadores da bancada de oposição, em sua grande maioria evangélicos, colocaram em pauta na casa da cidadania um projeto de lei que proíbe as escolas municipais da cidade de tratar em algum tipo de ocasião assuntos que se refiram a identidade de gênero sexual ou que vá contra a tradicional união heterossexual.
Assim diz o trecho do documento: “... e reprodutivos, da sexualidade polimôrfica, da desconstrução da família e do casamento heterossexual…” (SIC), veja na imagem:
O fato revoltou alguns moradores, principalmente no meio jovem, que com as novas tecnologias e conhecimentos acreditam que essa atitude dos edis é um retrocesso: “Eu gostaria sim de discutir sexualidade na escola, gênero, entender as diferenças, quantas crianças crescem preconceituosas por não ter essa orientação nem em casa e nem na escola”. Disse Daiane, um jovem da cidade.
“Estou chocado com tamanha ignorância de pessoas que representam o povo, que foram eleitos para ser nossa voz, mas no entanto fazem o que bem entendem sem nem consultar a população, como essa lei incabível nos dias atuais”. Falou o jovem que fez a denúncia para nosso blog, ele preferiu não ter o nome revelado temendo represálias.
A lei divide opiniões na pequena cidade de pouco mais de 10 mil habitantes, fato é que a bancada que aprovou e colocou a lei na pauta de votação, são oposição ao atual prefeito, que ainda não se pronunciou sobre o caso, também não tivemos informações se o mesmo aprova a tal lei.
DA REDAÇÃO POR ALANA ROCHA.
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