Não é segredo para ninguém nos bastidores da política jacuipense que o atual Prefeito Carlos Matos não cumpriu boa parte de suas promessas de campanha, incluindo-se aí possíveis combinações com grupos políticos para que estes fossem seus aliados. Primeiro em uma entrevista recente, o atua gestor fez uma revelação que caiu como uma bomba atômica entre seus eleitores, até mesmo os mais apaixonados mostraram-se indignados com a seguinte fala: “Eu tinha a ilusão de que as pessoas me elegeram para fazer gestão, uma boa parte dos que votaram em mim me elegeram para se pendurar na prefeitura”. Ou seja, mais da metade dos seus eleitores, segundo ele, teriam votado nele interessados em algo, ou em cargos na Prefeitura.
Mas só que o Diário Oficial (D.O.) do município desmente a cada dia o gestor, com um verdadeiro festival de nomeações, mas, nomeia-se só os mais chegados, é claro, os da tal “panelinha”. O primeiro áudio vazado, já demonstrando indignação de alguns correligionários, surgiu a mais ou menos duas semanas, supostamente gravado por um dos locutores da Rádio Jacuípe AM, emissora que pertence a família do Prefeito. No áudio ouvia-se a fala deste locutor, descontente com a falta de atenção e com o desprezo que o atual gestor Carlos Matos tem dado para alguns de seus fiéis seguidores de longas datas, que estão no grupo político desde os tempos de Valfredão.
O áudio revelador desta segunda-feira (15) não difere muito deste outro, supostamente trata-se de um ex-candidato a vereador, liderança política muito conhecida na cidade, que se juntou a “onda azul” da campanha do DEM (25) jacuipense em 2020, oriundo das adesões dos que deixaram o então candidato do PCdoB (65), Lucas William, chupando dedo. O autor do áudio que vocês ouvirão no final desta matéria, veio no balaio de lideranças, que incluem o Vice-Prefeito e o até pouco tempo secretário apalavrado mas não nomeado, Cristóvão Ferreira, que agora tem outro nomeado em seu lugar, coincidentemente filho de uma ex-candidata a vereadora também do PDT, grupo que sustentou e orquestrou essa debandada do amarelo para o azul em 2020.
Todos estes acontecimentos, e também uma certa inércia e silêncio, digamos até sumiço do vice, reforçam que o “castelo está a se desmoronar”, a se desfazer, pois o que se entende destas situações é que o Prefeito Carlos Matos está de alguma forma, intencional ou não, se afastando destes políticos ou mesmo deste grupo, estaria Carlinhos evitando-os? Estaria aí então reforçado que estes políticos e lideranças foram apenas meros números somados a vontade voraz de chegar ao poder do então candidato Carlinhos 25. A pergunta é, qual será o próximo correligionário que vai se revelar insatisfeito com o gestor e seu grupo político?
OUÇA O ÁUDIO:
POR ALANA ROCHA – JORNALISTA (DRT5323/BA). Fotos - Redes Sociais.
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