domingo, 9 de maio de 2010

VIOLENCIA: FAZENDEIRO É MORTO POR EX-FUNCIONARIO COM GOLPES DE FOICE E FACÃO.




Mais um crime com requintes de crueldade entra para os registros policiais da região de Riachão. A vítima foi atacada pelas costas a “traição”, sem perceber a presença do criminoso. O crime foi informado aos Policiais militares da 5ª Cia do 16º Batalhão que prenderam em flagrante o aposentado Antonio Paulo de Almeida, 60 anos, conhecido por “Antonio Bengó”, residente na Fazenda Três Reunidas, no município de Candeal. Ele, após ser preso, confessou que matou com golpes de foice e facão, o contador e fazendeiro Humberto Falconere Rios seu ex-patrão de 65 anos.
 
O assassino e o local da tragedia

O crime aconteceu por volta das 11h10, de sábado (08/05/10), a 25 km de Riachão, na Fazenda Fontinha, de propriedade do fazendeiro morto. Humberto Falconere estava na companhia do vaqueiro José Eduardo dos Santos Silva, 41 anos, soltando cinco galinhas japonesas de dentro de um poleiro, ao lado do curral, quando “Antonio Bengó”, chegou de forma discreta e aplicou um golpe certeiro no pescoço da vitima, que morreu na hora e o assassino ainda tentou matar Eduardo, que pulou a cerca e correu para se defender.
Momentos de terror: Segundo o vaqueiro, Humberto Falconere chegou cedo à fazenda como sempre faz todos os sábados, os dois foram prestar contas no escritório da propriedade, onde permaneceram até ás 11:00hs.

 "Seu Humberto tava alegre, me chamou para soltar umas galinhas e nós caminhamos até o local. Eu estava de cabeça baixa soltando as galinhas e só ouvir o grito de seu Humberto, dizendo o que é isso? Ô rapaz. Quando olhei, só vi “Antonio Bengó” lhe aplicando um golpe de foice. Depois de cortar o pescoço de Seu Humberto, ele disse para mim: Agora é você", contou Eduardo dos Santos.




O vaqueiro disse também que só conseguiu gritar por "socorro", depois que saiu do poleiro e viu Antonio Bengó, retornar para próximo do corpo de Humberto e continuar a golpear com a foice e um facão. Ao ouvir os gritos de socorro de Eduardo, Iracema Cerqueira, sua mulher, e os dois filhos foram até o curral vê o que estava acontecendo e viram Antonio Bengo aplicando os golpes no fazendeiro.

"Para com isso pelo amor de Deus", apelou desesperadamente Iracema, "Quando gritei, ele disse que não era para a gente ir, pois faria a mesma coisa com a gente”, disse Iracema.

Segundo ela, depois de praticar o crime, Bengó saiu caminhando calmamente por um estreito caminho dentro do pasto e foi para sua residência, que fica a cerca de mil metros, do lado esquerdo da BR 324, entre Tanquinho e Riachão do Jacuípe.

História de Antonio Paulo de Almeida - Conhecido por “Antonio Bengo”, irá completar 60 anos no dia 05 de junho e aos dez anos de idade começou a trabalhar com José Falconere, o “Neném de Bele”, pai de Humberto e que faleceu há quarenta anos. Com a morte de Neném, Antônio Bengo, ficou trabalhando para Humberto e seu irmão Manoel Falconere Rios. Há dez anos, Dú, como era conhecido Manoel, faleceu e as terras foram divididas e a parte pertencente à Dú, foi vendida para um fazendeiro de Feira de Santana. A casa onde mora a família de Antonio Bengó fica nesta fazenda.
A versão inicial motivadora do crime, que seria uma "intriga velha", pois, Antonio Bengo achava que o senhor Neném teria deixado uma área de terra para ele, foi descartada por Maria da Natividade, 56 anos, mulher do Bengo.  Segundo ela, Antonio tinha sido indenizado pela família quando deixou o emprego e todos se davam bem com Humberto Falconere.

"Ele, logo cedo, foi na pista (BR 324), depois voltou em casa. Daí sumiu e só perto de meio-dia chegou com uma foice e um facão sujo de sangue e me disse: matei Humberto", contou Natividade.

Ela contou ainda que ouviu e ficou calada, pois ele tem problemas de saúde, sofre de epilepsia e toma diariamente dois remédios controlados. Ao ser questionada sobre o silêncio dela diante da narrativa, ela disse: 

"Ele estava com um facão sujo de sangue e ele não é normal, preferi ficar calada pra não sobrar pra mim".

Natividade não soube informar onde o marido encontrou a foice e o facão, pois ele não tinha saído com os objetos pela manhã e ela nunca viu Bengó com eles.
Frieza: Natividade também falou que Antonio Bengo ficou sentado no banco da frente da casa, em baixo do varandado, por mais de uma hora, até a chegada da guarnição da polícia militar. No meio da tarde, o comandante da PM do município de Candeal, soldado Brito Filho, acompanhado do Soldado Lourival e do investigador da Polícia Civil, Alex Santos estiveram na residência da família de Antonio Bengo, onde recolheram alguns documentos e intimaram a esposa dele e as duas netas que estavam na casa quando ele voltou da Fazenda de Humberto, para comparecerem na segunda pela manhã para depor.  


Bengó está preso na 2ª Delegacia, localizada no complexo policial de Feira de Santana. O corpo de Humberto Falconere foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Feira de Santana e foi liberado na manhã deste domingo (09/05/10) para seu velório e sepultamento não cemitério de Riachão do Jacuipe.

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