quinta-feira, 25 de maio de 2017

ATUALIDADE: Transexuais e travestis podem ser chamados pelo nome social nas repartições públicas de Juazeiro

 

Transexuais e travestis terão o direito de ser chamados pelo nome social nas repartições públicas municipais em Juazeiro, no norte da Bahia. A medida, adotada pelo município após a assinatura do decreto em 16 de maio, garante que o público LGBT seja respeitado não só dentro das repartições públicas, mas também é uma forma de combater o preconceito.

"É uma luta que está começando. A gente precisa avançar mais. O estado já tem, o município de Juazeiro já abraçou e a gente precisa, um dia, conseguir mudar na carteira de identidade o nome das pessoas que se reconhecem como tal", disse a secretária de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade, Cida Gama.

Entre os funcionários que já usam o nome social está Eduardo de Lira Rocha. O jovem de 26 anos é estagiário na Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade de Juazeiro. Eduardo é um homem transexual e adotou esse nome desde que assumiu a identidade de gênero. Apesar de ser reconhecido socialmente como homem, ele conta que não foi uma tarefa fácil e já foi vítima de muito preconceito.

"Já chegou a ponto da secretária na escola ficar berrando o nome de serviço, e usando o gênero feminino que eu não usava, e cheio de gente olhando", relata Eduardo sobre o constrangimento que já passou. Situações como essa, Eduardo espera não passar mais. Pelo menos no local onde trabalha e foi bem acolhido.

Entre os colegas de trabalho, o decreto municipal só reafirmou o respeito que Eduardo já possuía. "Isso aí é a parte formal, o exercício da lei. Porque na realidade a gente já tratava eles como gostam de ser chamados, porque é um direito de cada um", disse Maria Quitéria Lima, funcionária da secretaria onde Eduardo trabalha.

Para Eduardo, o decreto é uma conquista que fortalece a luta LGBT em Juazeiro. "Isso é maravilhoso. Eu vejo que é mais uma força que o município está dando para as pessoas trans para que possamos, de fato, ocupar os espaços que são nossos por direito", comemora Eduardo.

COM INFORMAÇÕES DO G1

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