O projeto Quartas Baianas promoveu nesta quarta-feira (04), às 20h, na Sala Walter da Silveira, Biblioteca Central dos Barris, sessão especial em homenagem ao cineasta baiano Olney São Paulo, filho de Riachão do Jacuipe.
A noite contou com a exibição gratuita dos curtas "Sob o Ditame de Rude Almajesto" ("Sinais de Chuva") e "Pinto Vem Aí" e do média metragem "Manhã Cinzenta".
O Projeto Quartas Baianas é da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV), em parceria com a Diretoria de Audiovisual (Dimas) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), destinado à exibição da produção audiovisual baiana.
Em seis anos, o projeto levou às telas mais de 450 títulos, além de apresentar ao público diversas obras inéditas e realizadores de todas as gerações.
Os filmes de Olney exibidos
"Sob o Ditame de Rude Almajesto" ("Sinais de Chuva"), de 1972, retrata as diversas experiências do homem do campo na maneira de pressagiar a chuva na região nordestina, numa singela homenagem aos sábios do tempo, os velhos sertanejos, que dominam sistemas ancestrais de medição meteorológica.
"Pinto Vem Aí", de 1977, mostra a chegada do ex-deputado Francisco Pinto em Feira de Santana, sua terra natal, depois de seis anos de ausência pela ótica da sua ligação com a população local. Este filme foi premiado no Festival Brasileiro do Curta Metragem do Rio de Janeiro.
"Manhã Cinzenta", de 1969, é considerado um marco do cinema político nacional, que inclusive motivou a prisão do cineasta pela ditadura militar. O enredo aborda um golpe de estado num país imaginário da América Latina, no qual os estudantes assumem o poder. O filme mostrou de maneira pioneira a questão do movimento estudantil no Brasil em 1968.
Então proibido no país, o filme foi a primeira produção brasileira a ganhar o prêmio Obernhausen, na Alemanha Oriental, além de ter sido exibido na Itália, no Festival de Pesaro; no Chile, no Festival Internacional de Cinema de Viña del Mar; e na França, na Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário