A 27 dias da abertura da Copa do Mundo, o Ministério da Justiça informou que, em pelo menos oito localidades brasileiras, a Força Nacional de Segurança Pública ajudará as forças policiais locais e federais a reforçar a segurança de brasileiros e turistas. Do total, duas são cidades-sede Natal e Cuiabá e seis são pontos de rodovias considerados estratégicos.
A pedido dos governos do Rio Grande do Norte e de Mato Grosso, equipes
da força especial serão enviadas nos próximos dias para Natal e Cuiabá,
duas das 12 cidades-sede da competição, que também será disputada em
Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, no
Recife, Rio de Janeiro, em Salvador e São Paulo.
Além disso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitou à Secretaria
Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, o apoio da
Força Nacional em seis pontos de rodovias federais que dão acesso às
cidades-sede. De acordo com a secretária nacional de Segurança Pública,
Regina Miki, os seis locais foram considerados estratégicos pela PRF,
que já atuou conjuntamente com a Força Nacional em ocasiões como a Copa
das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
Durante a cerimônia de formatura dos últimos 600 homens e mulheres a
receberem capacitação para atuar no Mundial, realizada ontem (17), em
frente ao Ministério da Justiça, em Brasília, a secretária confirmou à
Agência Brasil que, pela primeira vez, guarda-vidas que integram a Força
Nacional vão reforçar a vigilância dos banhistas. Por enquanto, esse
reforço está confirmado apenas em Natal, mas Regina Miki garantiu que
todos os estados que pedirem o auxílio de guarda-vidas serão atendidos.
“O governo do Rio Grande do Norte pediu que enviássemos 100 guarda-vidas
e estamos atendendo. Temos absoluta certeza de que os turistas que nos
visitarem vão desfrutar de nossas praias e, por isso, enviaremos
guarda-vidas para se somarem aos que já existem no estado para garantir
[a segurança dos banhistas”, destacou a secretária.
Cedidos por diferentes forças policiais de vários estados, os 600
militares que integram a última turma a concluir o curso de instrução
ministrado na base da Força Nacional, no Gama (DF), vão se integrar ao
efetivo que atuará na Copa. O efetivo total que será empregado vem sendo
mantido em sigilo pelo ministério. A secretária, contudo, garante que
as necessidades serão atendidadas e que todo o pessoal estará preparado
para apoiar as operações conjuntas.
“Temos um cadastro de 10,6 mil profissionais da segurança pública e os
chamaremos conforme as necessidades. Posso garantir que temos condições
de apoiar todos os estados, as polícias federais e, se for preciso, até
mesmo a Forças Armadas”, garantiu a secretária.
Durante a cerimônia, o diretor-geral da Força Nacional, coronel
Alexandre Aragon, explicou que, ao passar pelo curso de instrução de
nivelamento de conhecimento, os profissionais são informados dos
protocolos operacionais da força e são preparados para lidar com
distúrbios civis. Dirigindo-se aos militares, Aragon disse que eles são
“a última linha de defesa da segurança pública”. “Se vocês falharem,
passa a ser questão de segurança nacional. Passa a ser com as Forças
Armadas”.
Criada há dez anos, a Força Nacional já participou de 146 operações
especiais em todo o país. Atualmente, há 29 operações em curso, entre
elas o apoio às polícias pernambucanas a fim de restabelecer a ordem
após os saques registrados na região metropolitana de Recife, nos
últimos dias. Ao longo de uma década, nove policias morreram em
acidentes de trabalho ou operações.
Com informações da Agencia Brasil.
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