Na manhã desta quinta-feira (23), por volta das 8hs da manhã, moradores do Povoado de Santo Agostinho, cidade de Pé de Serra, vieram até a sede da EMBASA em Riachão do Jacuípe reclamar das contantes falta de água na localidade. Segundo os moradores, a mais de dois meses não cai água no povoado, mas os recibos todo mês chegam na data de cobrança.
A moradora Maria, que conversou com o atendente, disse que os prejuízos são grandes: "Além da gente pagar o recibo, para não ficar com nome sujo e nem cortar a água, nós pagamos carroças para buscar água, várias casas estão sem lavar roupa, pratos, lavar banheiros, é um absurdo, mas a conta chega todo mês, as fazendas dos ricos estão todas lá de tanque cheio e dando água a gado", salientou ela.
Outra moradora disse que quem não tem condições de pagar carroças para buscar a água, tem que ir a pé a uma distancias de até 5 km para buscar o bem tão precioso, usando baldes, latões, improvisando como podem.
Ironicamente, um cartaz exposto no órgão revela a seguinte frase: "Juntos vamos superar a estiagem", mas não é o que vem acontecendo na região, não só nos povoados de Pé de Serra, mas também em Riachão, Nova Fátima, Gavião, Coité e Ichú, são registradas sucessivas falta de água, suspensões programadas ou não do fornecimento, pegando usuários de surpresa e sem reserva de água, ou casos como o deste povoado com meses a fio sem água nas torneiras.
Segundo a EMBASA, o fato acontece por conta de fazendeiros que quebram canos da rede que passa por suas fazendas, outra desculpa geralmente usada pelo órgão é de que alguns trechos da encanação estão velhos e tem de ser substituídos, mas a população já não acredita mais.
O atendente da EMBASA em Riachão que conversou com os moradores, não quis gravar entrevista, mas disse em off que o problema será resolvido o mais breve possível, disse ainda que caso o problema persista todos poderão voltar com suas contas até o órgão que as mesmas não serão cobradas, assim evitando ônus ao consumidor, e que no máximo em 3 dias o abastecimento estará normalizado na localidade e na região. Os moradores prometem voltar com mais pessoas e um "panelaço" caso não seja cumprido o acordo.
VEJA O VÍDEO:
REPORTAGEM E IMAGENS - ALANA ADRIELLE.
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