quinta-feira, 3 de março de 2022

URGENTE: Professores de Riachão do Jacuípe continuam na incerteza sobre piso salarial e foram à Câmara pedir ajuda dos Vereadores


 

Mais um movimento na luta em busca do reajuste pelo piso salarial dos professores foi registrado na manhã desta quinta-feira (3) na cidade de Riachão do Jacuípe. Professores, através de uma comissão que os representa, foram até a Casa da Cidadania jacuipense, cobrar dos edis um apoio nas negociações com o atual Gestor, que até esse momento se mostra irredutível em um acordo que cumpra o reajuste do piso da categoria, que é de 33%.

Professora Jucelma representando a APLB e a professora e Ex-secretária de Educação do município, Ana Rita, representando o SINSPUM (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais), fizeram o uso da tribuna livre e na oportunidade explanaram aos Vereadores e também a população que acompanhava ao vivo pela transmissão da Rádio Gazeta FM, o que de fato a categoria pede, quais as aberturas de negociação com a gestão e também sobre a verba do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que é a verba destinada ao salário dos professores.

Alguns Vereadores que apoiam o Prefeito Carlos Matos e são de sua base política, levantaram algumas questões pontuando que a verba do FUNDEB que o município recebe não cobre o valor, outro Vereador chegou a falar em oneração das finanças do município, sempre num tom discreto de defensiva da gestão. Já os Vereadores de oposição pontuaram planilhas e informações, que segundo os mesmos, derrubam a tese de que não há como pagar o reajuste com os 33%, desde quando houveram reajustes e complementos também na verba, por parte do Governo Federal. 




No uso da tribuna, a professora Jucelma lembrou do plano de carreira e que no ano passado a categoria não teve reajuste, e por tanto, 33% é um valor adequado desde quando está fazendo um efeito de contemplar 2021 e 2022. “Não entendemos porque não se abre a oportunidade de sentarmos e o gestor trazer uma contraproposta concreta, desde a semana passada em que teríamos uma reunião e depois foi adiada e substituída por um ofício que não deixou clara as intenções do Prefeito quanto ao nosso reajuste, então procuramos os Vereadores para que ajudem também intercedendo nas negociações”, disse. 

Os professores inclusive aceitam que o gestor dívida a porcentagem até o final deste ano, que seria a opção de 15% agora e 18% no restante do ano, possivelmente uma parte em julho e outra em novembro. A professora Ana Rita foi bastante técnica em seu discurso, trazendo dados que demonstram que a categoria tem meios de negociar, que são direitos garantidos e que havendo boa vontade tudo se resolve. Os Vereadores fizeram alguns questionamentos que foram respondidos pelas duas professoras, ao final ficou definido que novas tentativas de conversa com o Gestor serão feitas e os vereadores prometeram empenho para que toda essa situação seja resolvida.



Em 14 anos de reajustes, os professores nunca tiveram nenhum tipo de dificuldade nas negociações, pela primeira vez eles estão diante de um impasse tão longo. “Sempre há negociações, todos os gestores fazem contrapropostas, mas nada que levasse a toda essa situação. Sempre com alguns dias, coisa de uma semana, já se resolvia e chegava num consenso entre gestor e categoria e o projeto ia pra Câmara”, destacou Maria do Sindicato.

A população tem observado a situação e comentado, na sua maioria, em favor dos professores. “Se é direito dos professores não tem o que discutir, tem que dar o reajuste e pronto”, comentou Raimunda ouvinte da Gazeta FM, pelo WhatsApp durante a transmissão da sessão. “O prefeito está certo mesmo, tem que fazer as coisas com calma, na pressão nada presta, ele tem que avaliar com cuidado para lá na frente não se apertar no financeiro”, comentário do ouvinte Roque, também por mensagem pelo WhatsApp.

Após a sessão nossa reportagem esteve na Câmara e conversou com o Vereador Zil de Barreiros, que reafirmou todo apoio aos professores. “É direito adquirido, isso ninguém pode contestar, o Prefeito tem que ter cautela e receber a categoria para chegar em um acordo. Hoje tivemos aqui a primeira votação do projeto de reajuste dos servidores da administração, a Câmara já deu também o reajuste dos servidores da casa, a porcentagem a que a categoria tem direito, então acho que o Gestor tem que ter um olhar mais sensível aos professores para resolver logo essa situação”, comentou.

Vários municípios da Bacia do Jacuípe e Região do Sisal deram o reajuste dos professores, apenas na cidade de Capela do Alto Alegre que foi noticiado na manhã de hoje uma greve dos professores por conta de que o Prefeito de lá, também como o de Riachão, ainda não deu os 33%. Agora a categoria aguarda uma nova tentativa de conversar com Carlos Matos, nosso Blog tentou contato com o gestor e sua assessoria para saber seu posicionamento de hoje, mas até a publicação desta reportagem não obtivemos resposta. 


Por Alana Rocha (Jornalista DRT-5323/BA). Com fotos da Assessoria da Câmara e internet.


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